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Sobre os radares

O radar (RAdio Detection And Ranging) é um sensor ativo composto principalmente de um transmissor, antena, receptor e display. Esse sensor envia uma onda eletromagnética (no espectro do radio/microondas) para a atmosfera que interage com as gotas de chuva, gotículas de nuvem ou gelo presentes. Parte dessa energia retorna para o radar e o sinal recebido é amplificado, processado e pode ser visualizado no display do instrumento.

Os radares meteorológicos podem operar em diversas frequências que podem variar de 3 - 30 MHz (banda HF) a 40 - 300 GHz (banda W). Os radares mais comumente encontrados operam em banda S ( 2 – 4 GHz ), C (4 – 8 GHz ) e X (8 – 12 GHz ). Quanto maior a frequência de operação do radar, menor é a gotícula que ele consegue observar e melhor é a resolução espacial da amostragem, no entanto a atenuação é maior, diminuindo o alcance. Portanto radares banda S, por exemplo, conseguem varrer uma área muito maior do que radares banda X, porém com resolução espacial inferior.

Figura 1
Figura 1: Ilustração com o princípio de funcionamento do radar e exemplo de imagem gerada no detalhe.

A variável fornecida pelo radar é chamada Refletividade Radar (Z) e é proporcional à energia recebida pelo volume amostrado. Portanto quanto maiores são as gotas de chuva ou mais numerosas, maior será a refletividade radar, que pode variar entre aproximadamente -30 dBZ, para nevoeiro, e 70 dBZ para granizo grande. A partir da refletividade radar é possível estimar a taxa de chuva com relações conhecidas como Z-R.

Sobre o projeto Chuva Online

Os radares do Chuva Online operam em tempo real com atualizações a cada seis minutos. A integração é feita com dois radares banda X (9.4 – 9.5 GHz), um localizado na USP (Cidade Universitária), e o outro na USP Leste (EACH), de modo que praticamente toda área da capital paulista seja coberta. Com o monitoramento de chuva a partir de radares de alta resolução é possível que sejam feitas previsões de tempestades de curtíssimo prazo, produto com grandes aplicações na operação de portos e aeroportos, mídia, reservatórios de usinas hidroelétricas e em regiões altamente urbanizadas como São Paulo, que sofrem com quedas de árvores, descargas elétricas e principalmente enchentes.

Figura 2
Figura 2: Fotografia dos radares .

Os radares envolvidos no projeto possuem as seguintes localizações:

Figura 3: Localização dos radares.


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